quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Onze





A linha crazy o’clock tem como característica marcante e diferencial sua irreverência.

O desenho e a funcionalidade dos relógios “brincam” com os paradigmas dos números, com a forma como eles são vistos e objetivam fazer com que o tempo seja percebido, e não somente as horas sejam lidas.

A informação instantânea condiciona a execução das atividades de acordo com a posição dos ponteiros, porém, a linha crazy o’clock exige raciocínio e cálculo que tornam impossível não parar por alguns segundos e assim perceber que o tempo passa, embora sejam apenas segundos.

Este relógio, diferente dos convencionais, não possui doze pontos que marcan horas exatas, e sim onze, que marcam os encontros dos ponteiros durante o percurso de 360°, porém, o movimento dos ponteiros não foi alterado.

Apesar de paracer confuso ver as horas quando os ponteiros não estão sobre um dos horários marcados, elas podem ser lidas normalmente, considerando-se a posição dos ponteiros, ou seja, o 6 continua alinhado verticalmente com o 12, mas a brincadeira está em descobri-las com cálculo e bom senso.

A ausência da marcação da 11ª hora como um encontro dos ponteiros e o número de lados da base dão nome à peça.